Febre imobiliária em Miami, artigo comentado por Enzo Rosani para Les Echos

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O paraíso dos bilionários. Miami está vendo um influxo de executivos de tecnologia e gestores de fundos de hedge, atraídos por uma política fiscal ultraleve. O setor imobiliário e os bens de luxo estão em alta, impulsionados pela febre pós-pandemia.

Na “Cidade Mágica” com 2,7 milhões de habitantes, o olhar pode centrar-se no horizonte, mas tudo parece acontecer a céu aberto. Os negócios estão a subir mais rapidamente do que o nível do mar, o que preocupa, com razão, os residentes perto da costa. Em trinta anos ganhou 7 centímetros; poderá subir 86 centímetros nos próximos 50 anos. Apesar deste horizonte de vulnerabilidade ligado às alterações climáticas, Miami, construída sobre um pântano, constrói-se incessantemente.

QUANTOS METROS QUADRADOS, POR 1 OU 10 MILHÕES DE DÓLARES?

Segundo Enzo Rosani, diretor da Barnes Miami, um orçamento de $1M permite comprar uma casa para restaurar de 100 m2 em Miami Beach, uma casa de 120 m2 em Miami Mainland. Ou um apartamento de 30 m2 em Coconut Grove, área residencial com muito verde tropical. O mercado imobiliário está em alta. Por este valor, você pode almejar um apartamento de 90 m2 em Key Biscayne ou mais de 100 m2 em Edgewater. Este último está se tornando muito popular por suas vistas da baía.

Também podemos considerar “uma casa de 150 m2” em Little Havana, mas as ofertas são raras nesta típica zona residencial. E se tivermos US$ 10 milhões? O especialista destaca “uma casa à beira-mar ou um apartamento luxuoso de várias centenas de metros quadrados em Miami Beach, no popular bairro South of Fifth”. Esse orçamento permite qualificar-se para um apartamento em um “condomínio” chique ou uma casa em Key Biscayne.

IMOBILIÁRIO, MAIS ACESSÍVEL DO QUE EM NOVA IORQUE?

Em seu relatório “Global Property Handbook”, Barnes relata que em 2023, “Miami é a única grande cidade americana que experimentou um aumento (0,9%) nos preços das casas de luxo”. São Francisco e Nova Iorque registaram respetivamente uma queda de preços, na mesma categoria, de 9,71TP3Q e 41TP3Q. Os barões financeiros apressaram-se a instalar-se em Palm Beach (a 100 km de Miami). Mas também nos bairros chiques e verdes de Coral Gables ou Coconut Grove. Fundados em 1825 por uma colônia de industriais americanos e europeus, esses bairros possuem boas escolas e as melhores universidades. Lá são cobiçadas casas avaliadas em 7 milhões de dólares, a oferta está cada vez mais escassa. Em Brickell, esses são os “jovens profissionais” de finanças, tecnologia e criptografia. Eles estão elevando os preços dos imóveis mais acessíveis naquele país.

Entre os compradores americanos há muito mais empresários e financiadores, mas também investidores que querem comprar para alugar. Estamos longe de um teto porque “embora Miami tenha vivido um boom imobiliário, o preço do metro quadrado lá ainda é muito mais barato do que em Nova York ou Los Angeles”..

Enzo Rosani, diretor da Barnes Miami
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Un article rédigé par Virginie JACOBERGER-LAVOUE | Journaliste,  Les Echos

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